História e missão do Edupass
A empresa foi selecionada para o programa de Impacto BayBrazil e, de abril a agosto de 2021, participou de sessões de mentoria com mentores da rede BayBrazil.
O fundador conta sobre a criação e desenvolvimento do Edupass e relata como a plataforma tem ajudado a requalificar trababalhadore spara attender as necessidades do mercado.
Democratizando a educação, empoderando colaboradores
No universo corporativo, os projetos de consultoria de educação com foco em desenvolvimento, treinamento e aprimoramento profissional normalmente estão mais focados nas lideranças e nos ocupantes de cargos executivos. Algo que incomodava ao Alexandre Wawruk, que sempre pensou sobre os benefícios que essas iniciativas impactam no pessoal do operacional, fora do ambiente habitado pelos CEOs, C-Levels, CMOs etc. Foi assim, com este olhar apurado, que ele começou a elaborar o que se tornaria o EduPass, em 2017.
“Os treinamentos, desenvolvimentos, corporativos, assim como as consultorias, eram interessantes, mas o que sempre me incomodou muito é que os projetos de consultoria de educação na área de desenvolvimento para empresas sempre abordam mais as áreas corporativas, liderança, analista, e pouco operacional. Pessoas mais operacionais, como vendedores de lojas, fábrica. Pelo tempo, demanda. Em 2016 e 2017 comecei a ter esse incômodo que me motivou a buscar um caminho para impactar toda a empresa e não só algumas áreas”, conta Alexandre Wawruk, CEO e Co-fundador da Edupass.
Esse desafio foi compartilhado com uma aliada fundamental para concretização do projeto.
“A Natascha Giora era uma executiva de uma grande empresa, da qual saiu e montou a consultoria, onde ficou por 10 anos. Ela encarou o projeto Edupass e está com a gente até hoje”, diz. EduPass, segundo Alexandre, significa conectar as instituições de ensino com os colaboradores de empresas, que têm o Edupass como benefício. “Tem para todos os níveis, não é só para a base da pirâmide ou corporativo. Temos mais de 80 mil cursos na plataforma, no Brasil inteiro. Para o colaborador, é um custo muito menor”, afirma.
Um dos lemas centrais é exatamente possibilitar o acesso à educação de qualidade pagando muito menos. A empresa contrata o Edupass e oferece ao colaborador como um benefício, um diferencial para o funcionário. Por isso, Alexandre gosta de enfatizar que o Edupass tem um aspecto de impacto social importante, por ter um viés, uma abordagem muito forte de impacto, de educar as pessoas. “Transformar o papel das empresas na educação dos colaboradores”, complementa.
Tão fundamental como ter uma assistência médica de forma acessível, como ocorre com o Sistema Público de Saúde (SUS), é que as pessoas tivessem também acesso a outras áreas fundamentais para o seu desenvolvimento, como a própria educação. Assim foi pensado o projeto da EduPass.
“As empresas não têm um papel mais relevante nesse processo, como tem o SUS na área pública. A empresa até pode oferecer uma assistência médica privada, mas na educação não funciona assim. Educação é o governo, as escolas privadas, mas os colaboradores são responsáveis por ir atrás. Então, o Edupass vem para transformar essa visão da empresa na educação”, detalha.
Ele não tem dúvidas de que as empresas podem ajudar a transformar a educação do Brasil. Como fazer isso? A Edupass é uma resposta concreta a este desafio, uma vez que é uma ferramenta que a empresa pode utilizar em forma de convênio com escolas atuantes e comprometidas em educar mais as pessoas e que tenham o propósito de impactar o maior número de pessoas possível, principalmente quem tem menos acesso.
Caminho para uma carreira
Neste processo tão desafiador, não é o curso mais barato que realmente conta. “
O orçamento para investimento é um fator importante, talvez o fator mais importante. Mas não só isso. Não é só um curso mais barato. É o curso para a carreira dele, para área que ele atua hoje, orientação melhor, uma atenção melhor para ele, com conteúdo gratuito. É muito mais do que ir para escola. Propósito muito social por meio da educação”, afirma.
Neste sentido, A BayBrazil surgiu num momento importante do Edupass.
“A gente fazia parte do Cubo Itaú, e eles divulgaram esse programa da BayBrazil com uma relevância muito importante no mercado, em startups e inovação, conectando vários brasileiros. É um hub de setor tecnológico. Tinha uma comunicação da própria BayBrazil e a gente achou bem importante, pelos níveis dos mentores, pelo histórico da BayBrazil. Avançamos nas etapas e fomos aprovados. Muitas empresas qualificadas, muita gente legal, diferentes nos temas. Estamos feliz pelo programa”, diz Alexandre.
Sessão com Daniela Jorge, CDO PayPal, BayBrazil Board member, Maio de 2021
Contato fundamental
O primeiro ponto a se destacar do programa da BayBrazil é o network que se cria. Nunca é só um insight, como destaca Alexandre.
“Você mantém relacionamento com pessoas, o que vai ser interessante em vários aspectos, desde investidores até pessoas de uma área específica, se conecta com outras pessoas. É muito legal esse pensar daqui pra frente. Muito importante para gente, porque o investidor sabe mais. No aspecto do negócio, não teve nada que mudou o percurso.”
E quando o EduPass se deparou com uma dúvida importante – encontrar o diferencial do modelo de negócio –, houve um salto definitivo.
“A gente colocou muito isso na mesa com as mentorias, e eles ajudaram a definir um modelo com a melhor estratégia para o Edupass. Ao falar com os especialistas, confirmamos uma hipótese que a gente tinha. E isso foi uma coisa muito relevante”, explica. “Nós já participamos de outros programas e esse foi um que a gente gostou muito. Em termos de mentoria, foi em disparado o melhor que a gente já participou. De forma geral, gostamos muito”, afirma Alexandre.
“Tivemos muito contato com investidores pela Bay Brazil. Ter participado desse programa fortaleceu ainda mais o nome Edupass no mercado, dando mais credibilidade. Treinamos muito a apresentação e ouvimos muitos investidores falando que nosso projeto é bom. Quanto mais perguntas eles faziam, mais treinamos as respostas. Eles gostaram muito do Edupass, mas buscam empresas num estágio um pouquinho mais avançado”, explica.
Alexandre também considera o programa muito positivo pelo fato de construir uma base de relacionamento com investidores, abrindo possibilidades tanto a curto quanto a médio prazo. “Esse network é muito importante para as startups. Os investidores deixam claro que não é uma negativa no sentido que não gostaram do modelo de negócio. Pode ser uma negativa no sentido de que a startup ainda não está no nível que costumam investir, abrindo a possibilidade de uma conversar futura”, diz.
Requalificação profissional
Um dos principais objetivos do Edupass é requalificar aquele trabalhador cuja profissão está em declínio.
“A gente tem muita preocupação com o trabalho do futuro. Cada vez mais as empresas estão investindo em tecnologia e marketing digital. E isso vai aumentar muito mais. Por outro lado, muita gente vai perder seu emprego. Embora muitas empresas estão fechando, a internet não parou. Essas pessoas vão procurar outras atividades e o Edupass vai requalificá-las para conseguir trabalho no processo de automatização”, explica.
Alexandre estima que até 2030, de acordo com o plano econômico mundial, 1 bilhão de pessoas vão precisar de requalificação profissional para atender as demandas de trabalho, no mundo inteiro. É afinado com esta demanda que se encaixa os planos do Edupass.
“O profissional se torna o multiplicador de conhecimento, ele pode usar essa capacidade para fazer esse curso online e passar para empresa”, aponta Alexandre
Próximos passos
O Edupass é uma plataforma de benefício de educação, que conecta instituições de ensino e produtores de conteúdo com colaboradores de empresas. O propósito é impactar a cultura orientada de educação daquela companhia.
“Uma pesquisa que fizemos mostra que a cada cinco profissionais, mais de três preferem um novo benefício do que aumento salarial, proporcionalmente falando. E a educação aparece em segundo lugar. Isso mostra como a valorização da educação relevante faz muito sentido para os colaboradores”, destaca.
Com base nesse potencial, Alexandre destaca que o objetivo da Edupass é impactar 500 mil pessoas beneficiadas até o final do ano e, desta forma, ser a empresa número um em benefícios de educação no Brasil. Hoje já são mais de 150 instituições de ensino parceiras, que totalizam 75 mil cursos no Brasil inteiro, nas categorias: graduação, pós-graduação, mestrado, idioma, tecnologia, ensino básico, cursos técnicos e operacionais, gratuitos e também consultoria.
Para alcançar a meta, a startup tem dois grandes pilares. O primeiro grande pilar é toda a educação de parte da empresa com seus colaboradores (em termos técnicos, de produtos e segurança, entre vários outros), mas que parte da empresa para atingir o resultado. O outro grande pilar é toda educação que parte do colaborador (o que ele quer aprender e quer desenvolver). É uma experiência melhor em relação à educação que ele busca, e pela qual ele consegue de fato ser mais capacitado ou requalificado, num processo cada vez mais de automação em funções, tanto operacionais como não-operacionais.
“O EduPass compreende uma ação vertical, de ser uma ferramenta que consegue fazer com que o RH empodere ainda mais os colaboradores em assumir o protagonismo de carreira, que é tão falado hoje em dia – desde a base da pirâmide até níveis corporativos”, afirma Alexandre.
Funcionalidade em prol do colaborador
O Edupass foi pensado como um novo benefício para todo o time da empresa – da base da pirâmide até o corporativos. O colaborador acessa a plataforma e encontra bolsas, além de conteúdos gratuitos, recomendação de conteúdo de cursos de acordo com cada perfil de colaborador. Também conta com um consultor de processo de carreira, disponibilizado pelo próprio programa, para orientar aquele profissional. E o RH tem toda uma visão de gestão do Edupass, engajamento, evolução de programa, gestão, reembolso, etc. As bolsas vão até 85% de desconto. Dessa forma, o profissional consegue fazer uma faculdade a partir de R$ 69 na plataforma, uma pós-graduação a partir de R$ 34.
A “engrenagem” do EduPass proporciona uma comunicação personalizada com o colaborador. Dessa forma, é possível engajar mais e gerar mais matrículas, proporcionando descontos diferenciados.
“A gente diminui a evasão, que é um dos principais problemas das principais instituições de ensino do país. A gente também tem os cursos gratuitos. O colaborador não tem condição de fazer o curso naquele momento, mas em algum momento vai querer fazer esse curso”, destaca Alexandre.
“Criamos o programa ‘Volte a Estudar com a Cielo’, com foco em colaboradores sem nível superior. O nosso objetivo é levar mais educação e mais acesso para a base da pirâmide”, acrescenta.
Alexandre enfatiza que o Edupass vem para democratizar o acesso ao desenvolvimento. “O objetivo não é oferecer treinamento, porque treinar é ensinar a pessoa a operar uma máquina, por exemplo. Pensamos em algo maior, relacionado à transformação de vida pela educação”, diz Alexandre, que anuncia que o próprio programa está próximo de um passo muito importante. “A gente deve assinar um contrato para aquisição do Edupass. É uma empresa incrível, do setor de educação, e que gente tinha muito interesse. Vamos vender 62% do negócio. Nesse sentido, o programa da BayBrazil ajudou muito em termos de pitch, insight e apresentação. Tudo ajudou demais”, finaliza.